A terceira edição do projeto Mapografias de São Paulo aconteceu em 2017 na Ilha do Bororé, extremo Sul da cidade, e, em muitos aspectos, bem diferente das anteriores. A primeira diferença vem do próprio amadurecimento do trabalho com cada experiência realizada. Mas, mesmo sobre essa evidência, é importante destacar que não se trata de amadurecimento meramente executivo, por exemplo, da realização prática de oficinas como os estudantes do ensino médio. O amadurecimento foi no sentido de consciência de trabalho de EU, em sobreposição ao trabalho de pesquisa com construção de mapas coletivos. Mas, outras condições deste trabalho fizeram dele outro nível de projeto de Extensão. 

No Bororé o projeto foi nomeado como Revisitando o território: novas percepções sobre o Grajaú, seu tom sugere um retorno um “novo olhar”, de fato é uma segunda aproximação com o território, ou ainda, uma continuidade e profundidade que de uma aproximação começa a se configurar como um ‘estar’ no território. Isto por que no ano anterior estivemos presente de várias maneiras no extremo Sul de São Paulo, uma delas foi a realização de trabalhos de graduação de duas alunas ligadas ao GeMAP, com orientação do coordenador do grupo (Grajaú: Cartografia e Identidade - Mapeamento dos movimentos culturais do Grajaú e proposta de oficinas de cartografia coletiva de  Marla Fernanda dos Santos Rodrigues e À Margem da Cidade: O Extremo Sul de São Paulo de Flávia Tadim MassimettiI). Inserida na realização do trabalho delas, o Grupo participou, pela primeira vez, da Mostra Cultural da E. E Prof Adrião Bernardes, a escola que abrigou o projeto de EU.

Propomos o projeto para a Adrião Bernardes por dois motivos, o primeiro este diálogo já em andamento, mas , também, porque queríamos, depois da experiência na ZL, realizar o trabalho em uma região da cidade tão intensa em movimentos culturais e sociais. por isso irmos para o extremo Sul construir mapas com estudantes do ensino médio.

Começamos o projeto Revisitando o território: novas percepções sobre o Grajaú na Ilha do Bororé muito mais integrado com o pessoal local que das vezes anteriores. Nestas fizemos basicamente um trabalho nas escolas (PDP e ZL), agora conseguimos condições para realizá-lo no território, pois estávamos em diálogo com ele. Outro elemento fundamental para outras dimensões ao projeto foi a parceria com o coletivo ambientalista e cultural Casa Ecoativa, ampliando os laços e fornecendo novas camadas no encontro com a comunidade, além das institucionais.