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Memória do Bororé – geografia e cultura do território

No terceiro ano consecutivo de trabalho em EU na Ilha do Bororé passamos a integrar a equipe de coordenação do projeto “memorial aberto do Bororé” desenvolvido coletivamente pelo GeMAP, Casa Ecoativa e E.E. Prof. Adrião Bernardes, tendo nesta última, na condição de ponte com os adolescentes locais, o epicentro das atividades.

O projeto abrigava amplamente as expectativas dos tres grupos e, para nós da USP, demonstrou as potencialidades do trabalho de extensão em longo prazo, com estreitamento dos laços e criação de forma colaborativa. Nas reuniões e trocas de saberes nos ficou claro que o projeto de “mapografias” havia se territorializado, portanto decodificado e transformado em outra coisa, de escala muito maior.

Não íamos mais ao Bororé, estávamos lá com um trabalho permanente e, nessa condição, nos juntamos aos grupo de trabalho para organizar como seria em conteúdo e forma um “memorial do Bororé”.

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020 definimos estes grupos de trabalho em quatro frentes: geografia, história, gente locale cultura, bem como, definimos estratégias para pesquisar e coletar o material para cada uma delas e disponibilizá-la para todos, os moradores da Ilha e do mundo todo. Foi definido que inicialmente faríamos um website com esta finalidade.

A construção de mapas pelos habitantes do território seria metodologia chave para cruzar os conteúdos do site com o território, portanto desenvolvemos uma série de atividades coletivas para serem realizadas a partir de março, principalmente em duas frentes, entrevistas com moradores mais antigos da Ilha e oficinas de mapeamento de tudo o que havia no território. No entanto fomos pegos pela pandemia e pelo necessário distanciamento social.

Antes da escola fechar e nós da USP não podermos mais ir para o Bororé, conseguimos realizar algumas entrevista com moradores, uma série de três. Todas foram pré roteirizadas coletivamente e conduzidas na gravação por jovens do Adrião, sendo duas realizadas na própria escola e uma terceira na Casa Ecoativa. As oficinas como mapeamentos foram postergadas.

Entre março e julho entramos em regime de trabalho à distância mediado por plataformas digitais. O projeto não parou, ao contrário, por estar em ebulição, fomos impelidos a prosseguir. O primeiro movimento foi o de construção do site enquanto plataforma dinâmica para o memorial. Os próprios estudantes do Adrião deram-lhe o nome: BORORÉ AO MUNDO.

Também, por via digital, organizamos quatro debates com os principais tópicos do projeto, as populares “lives”, com convidados do Brasil todo com reconhecida atuação em cada um deles: Territorializar o currículo; Sevirologia; Territórios Educativos; e Memorial aberto. 

Na primeira “live” lançamos o site Bororé ao Mundo no dia 9 de junho de 2020. Em 22 de julho realizamos um FAU-Encontros pelo canal do Youtube para apresentar à comunidade FAU o Bororé ao Mundo. Continuamos trabalhando no modo cyber, mas ansiosos pelo encontros corpo a corpo.

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Coordenação

Prof. Dr. Jorge Bassani

 

Colaboradores

Analu Garcia Borges

Heloisa Bento Ribeiro

Pedro Henrique Reis

 

Bolsistas
Christopher Wendy Belasco de Souza

Jessica de Souza Zampieri

Thiago Vital do Carmo

 

Período

Agosto/2019 - Agosto/2020

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